Pinus sylvestris L.
Pinheiro-de-casquinha
Pinheiro-de-Riga
Pinheiro-silvestre
Matagais
Distribuição em Portugal
Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas
Distribuição geral: Esta espécie distribui-se por toda a Europa e Ásia entre o paralelo 37º na Serra Nevada (Granada) até ao paralelo 70º na Escandinávia. Em termos de longitude, encontramo-la desde a Galiza até à costa Sul de Yacutia. Na Sibéria, Bielorússia, Polónia e Alemanha encontram-se os bosques mais extensos. Em Espanha vegeta normalmente entre os 1000 a 2000 m de altitude com um ótimo nos 1500 m.
Caracterização geral: Muitas das características que são reconhecidas nesta espécie, bem como a sua tolerância à continentalidade, conferem-lhe uma grande amplitude térmica, fazendo com que seja a essência que tem a mais ampla distribuição no mundo, fazendo-se sentir a sua presença em muitas comunidades vegetais. Resiste a geadas, ventos e nevadas, bem como a grandes variações térmicas anuais. A sua presença faz-se sentir na Sibéria, com oscilações de até 70°C. Tem preferência por estações com precipitações superiores a 600 mm, embora tolere estações com precipitações de até 400 mm, devendo uma parte ocorrer na época estival. A humidade relativa não representa uma importância especial em termos de requisitos, é exigente, no entanto, em relação ao teor de humidade do solo. Não é exigente quanto à humidade relativa do ar, sendo-o quanto à humidade edáfica. Quanto ao temperamento, é uma espécie de luz. Coloniza bem terrenos desarborizados, sendo intolerante ao ensombramento de outras espécies. Não é exigente quanto aos solos, porém manifesta preferência por formações arenosas, profundas e frescas, encontrando-se também em solos calcários e em terrenos com gesso. Dá-se, preferencialmente em cambisolos tanto de origem siliciosa como básica (solos com um horizonte câmbrico ou de alteração), tolerando até terrenos turfosos e muito húmidos. A semente não é fértil, com regularidade, até aos 40 anos de idade da árvore. É uma árvore que supera os 30 m de altura, podendo alcançar os 40 m. O porte é inicialmente cónico-piramidal. O tronco é reto e cilíndrico, principalmente em bosques densos, onde se permite a poda natural. O sistema radicular é muito potente, com uma raiz principal que nos solos soltos e profundos pode ser larga e grossa e com muitas raízes secundárias. Em zonas rochosas, a raiz principal atrofia-se e desenvolvem-se as secundárias. Nos típicos pinhais densos de pinheiro-silvestre, normalmente não se requerem limpezas de matos, mas em muitos bosques ibéricos surgem em densidades suficientes para que sejam recomendáveis os mencionados tratamentos. O repovoamento é dispensável quando se realiza um correto controlo de vegetação.
Propriedades e utilizações: A madeira possui uma maior proporção de cerne, borne mais colorido nas variedades de melhor porte e mais abundante e branco nas de pior porte. É de um modo geral de boa qualidade, com troncos retos, poucos nós e de dureza mediana. É uma madeira com utilizações na construção, marcenaria e carpintaria. Foi usada em mastros de embarcações. Os pés de pequenas dimensões não são muito aptos para pasta de papel, devido à presença de resinas e empregam-se para outros fins, nomeadamente para postes. Os restos e os pés de qualidade inferior utilizam se para lenha e/ou combustível, com bons resultados. Nos EUA, esta árvore é usada como ornamental, sendo também apreciada como árvore de Natal. Como em todos os Pinus, pode utilizar-se a terebintina, o aguarrás e a colofónia. No passado tinham uso em medicina contra o reumatismo e outras dores, porém é contra os resfriados bronquiais, a tosse que se lhe reconhece maior interesse. Neste aspeto, as gemas ou as pinhas são melhores para obter um xarope. Também poderão extrair-se essências aromáticas para sais de banho. Os benefícios mais interessantes desta espécie são, frequentemente, os indiretos, ou seja, os de proteção (contra a erosão, avalanches), recreação e paisagísticos.
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Ficha técnica da espéciePinus sylvestris
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