Pinus radiata D. Don
Pinheiro-insigne
Pinus insignis Douglas ex Loudon
Pinus tuberculata D. Don
Distribuição em Portugal
Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas
Distribuição geral: Esta espécie procede do Sudoeste da América do Norte e tem demonstrado uma boa adaptação em regiões temperadas de outros continentes. Estudos realizados em restos fósseis apontam para a presença do Pinus radiata numa banda contínua ao largo do litoral californiano. Atualmente desta área restam cinco pequenos enclaves.
Caracterização geral: Vários fatores propiciaram a utilização desta espécie em muitos países ou regiões da zona temperada de todo o mundo entre os quais se destacam o seu grande crescimento, a precocidade com que alcança os máximos de produção em volume e a qualidade muito aceitável da sua madeira para diversos usos. A neve pode causar danos importantes, sobretudo quando a árvore cresce com ensombramento lateral e adquire um porte excessivamente esbelto. O vento na sua área natural, com uma velocidade média anual de apenas 7,6 km/h, não cria problemas. No entanto, na Nova Zelândia e Austrália considera-se este fator como um dos mais limitativos na sua utilização. Na Galiza, quando se é comparado com o pinheiro-bravo destaca-se pela sua maior resistência a este agente. No entanto, têm surgido danos em parcelas que estão expostas esporadicamente a fortes rajadas de vento. Em Portugal, admite-se que esta espécie possa encontrar condições mais favoráveis à sua instalação na zona litoral ao Norte do rio Tejo, em desfavor da faixa litoral da parte Sul. Atualmente, Espanha é o único país em que os povoamentos deste pinheiro ocupam importantes áreas e no qual se desenvolveu um forte tecido industrial baseado na transformação da sua madeira. Cresce bem na Galiza desde o nível do mar até 700 a 1000 metros de altitude. Acima destas altitudes, o seu crescimento decresce, o que faz com que a sua plantação deixe de ser interessante. Resiste melhor que o pinheiro-bravo ao vento e à neve, em particular torce-se e rompe se menos, embora o crescimento se ressinta. Do suave clima térmico da sua área californiana, destaca-se o carácter sumamente oceânico das temperaturas médias mensais. É uma espécie que demostra sensibilidade às geadas, particularmente às tardias. Quanto à precipitação na sua área de origem, detetam-se valores de 400 e 500 mm, à exceção do extremo Norte, aonde chega a atingir os 900 mm. É de destacar em toda a área nativa, carência quase total de precipitações durante o período estival, com um período seco que pode durar 5 meses. No entanto, estes dados poderão ser enganadores, porque na área natural do Pinus radiata, ocorre uma estrita banda de nevoeiro e nebulosidade, derivados da presença na costa durante o estio, de águas frias que interagem com as massas de ar quente das regiões do interior. Nas regiões temperadas, aonde não se reproduzam estas características, para que o pinheiro se adapte sem dificuldade, é necessário um regime pluviométrico abundante e melhor repartido que no seu país de origem. Deve notar-se, no entanto, que em alguns países com predominância de chuvas no Verão, o pinheiro pode sofrer de ataques fúngicos, os quais poderão desaconselhar a sua utilização. A singularidade citada relativamente ao clima contrasta com a ampla variedade de rochas mães sobre as quais crescem os povoamentos naturais: xistos, areias marinhas, areias siliciosas pouco consolidadas, granitos e calcários. Devem evitar-se terrenos demasiado pesados ou compactos, com pouca profundidade ou encharcamento permanente, já que demonstra estar inadaptado. É especialmente intolerante a solos ultrabásicos. Esta espécie alcança o seu ótimo em pendentes ou fundos de vale de solos profundos e frescos. A eliminação da vegetação em certos casos é indispensável por forma a evitar efeitos alelopáticos produzidos por determinadas plantas. Experiências neozelandesas demonstraram que num pinhal com 11 anos de idade, um bom controlo do sub-bosque poderá ocasionar ganhos da ordem de 50 a 300% no crescimento. A longevidade desta espécie é curta, raramente ultrapassando os 100 anos. O corte final efetua-se aos 25-35 anos.
Propriedades e utilizações: A madeira apresenta uma densidade média de 500 Kg/m3 a 12% de humidade. As suas características físico-mecânicas são semelhantes às restantes coníferas (muito semelhantes às do Pinus pinaster Ait.). A homogeneidade é uma das suas características mais relevantes. A duração natural da madeira de pinheiro insigne é baixa, como acontece nas restantes coníferas. É uma madeira fácil de trabalhar. Prega-se e aparafusa-se bem. É ainda fácil de polir, moldar e tornear. Mecaniza-se com facilidade, permite a união entre peças e as operações de polimento e acabamento sem dificuldades. É uma madeira que se utiliza em serração, desenrolamento, tabuleiros aglomerados, pasta de celulose, carpintaria, marcenaria e para usos estruturais. Quando se pretende produzir madeira de serra e de desenrolamento ou chapa plana, são necessárias árvores com diâmetros médios de 40 a 45 cm com casca a 1,30 m do solo.
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Ficha técnica da espéciePinus radiata
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