Jardim Pré-Histórico - A nova colecção temática
Publicado a 2013-05-09
O Jardim Botânico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro conta, a partir desta quinta-feira, 9 de Maio de 2013, com um novo espaço – um Jardim Pré-Histórico, onde o visitante pode recuar no tempo através de plantas e vegetação.
A nova coleção temática concentra “oito milhões de anos de História até à domesticação das espécies, há cerca de 10 mil anos”, refere à Renascença o professor António Crespí, responsável pelo Jardim Botânico.
A viagem pela História começa no fim do Plioceno e entra depois na fase dos períodos glaciares e interglaciares, que deram início às estações do ano.
A colecção representa também “os bosques paleotropicais que gradualmente começam a adaptar-se às estações no ano” e, por fim, a “vegetação contemporânea”, onde pode ver-se a “acção do homem na domesticação”.
Em cerca de 1.500 metros quadrados estão, neste momento, cerca de 60 espécies, mas o objetivo do investigador é atingir, pelo menos, as 80. Das espécies mais emblemáticas que podem ser observadas no jardim pré-histórico, o professor António Crespí destaca as magnoliáceas, as lauráceas, as coníferas, as canforeiras, as esterculiáceas, os abacateiros silvestres, os loureiros e os medronheiros.
“Grande parte desta flora esteve connosco há oito milhões de anos e, de certa forma, regressou a casa”, realça o investigador, destacando que as esterculiáceas, por exemplo, “vieram dos bosques paliotropicais monsónicos da Indonésia” directamente para o jardim.
Do Jardim Pré-Histórico fazem parte ainda plantas cultivadas, que retratam o período da domesticação, plantas para o uso na alimentação, medicinais e aromáticas.
O jardim custou cerca de “160 euros”, refere António Crespí, salientando a colaboração de professores e alunos na construção do novo espaço, “onde só a gravilha e as placas de informação custaram dinheiro”.
O Jardim Pré-Histórico faz parte do Jardim Botânico da UTAD, um dos maiores da Europa, e pode ser visitado gratuitamente e sempre que o visitante o desejar, com excepção para os Domingos, dia em que o espaço encerra.
Notícia Olímpia Mairos, Rádio Renascença