Prunus avium L.
Cerejeira
Cerejeira-brava
Cereja (fruto)
Ruderal
Prunus avium (L.) L. var. silvestris (Ser.) Dierb.
Prunus avium L. var. actiana (L.) C. K. Schneid.
Prunus avium L. var. avium
Cerasus avicularis Dulac
Cerasus avium (L.) Moench
Cerasus avium convar. juliana (L.) J. Holub
Cerasus avium amara Sosn.
Cerasus avium dulcis Sosn.
Cerasus nigra Mill.
Cerasus hortensis Mill.
Prunus cerasus avium L.
Prunus cerasus juliana L.
Prunus avium silvestris (Kirschl.) P.D.Sell
Prunus avium microcarpa Mart.
Cerasus varia (Ehrh.) Borkh.
Cerasus silvestris Garsault
Cerasus duracina (L.) DC.
Prunus nigricans Ehrh.
Prunus varia Ehrh.
Prunus dulcis Mill. ex Reichb.
Prunus cerasus duracina L.
Distribuição em Portugal
Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas
Distribuição geral: Espécie originária da Ásia Ocidental. É comum em toda a Europa com exceção na região mediterrânica, onde poderá surgir apenas no estado espontâneo. Parece não existir na Córsega. Em Portugal distribui-se pelo Norte e nas montanhas do centro continental.
Caracterização geral: Ainda pouco se sabe acerca das exigências ecológicas desta espécie. Vegeta habitualmente até uma altitude de 1000 m em vales resguardados, embora possa ser encontrada em cotas superiores, dependendo das regiões. Suporta frios invernais intensos, mas a floração é frequentemente afetada pelas geadas tardias da Primavera. Requer climas húmidos, com distribuição regular da precipitação ao longo do ano. Não tolera uma secura ambiental excessiva, nem forte insolação. É uma espécie heliófila e as sementes em particular são intolerantes à sombra durante a germinação. Nas primeiras idades as jovens plantas suportam algum ensombramento o qual poderá até ser benéfico em climas secos. É tolerante quanto às condições físicas do solo. Requer contudo para um bom desenvolvimento, solos profundos, móveis, frescos, bem estruturados, com bom fundo de fertilidade e bem providos em água (mas sem encharcamento) durante todo o ano. Pode ser encontrada em solos siliciosos ou calcários, mas deverão ser substratos bastante férteis, em geral, do tipo: escuros de natureza florestal, aluviões bem drenados ou coaluviões de fundo de encosta. Vive frequentemente em solos siliciosos ligeiramente ácidos, não tolerando acidez excessiva. A regeneração da cerejeira silvestre é boa por semente. Frutifica com abundância e regularmente desde os 10 anos. Rebenta bem de cepa e frequentemente de raiz. A árvore adulta alcança os 20-25 m de altura. Possui copa ampla, pouco densa e irregular ou piramidal, mais ou menos alargada. Apresenta boa dominância apical e o tronco é raramente direito e cilíndrico. A raiz principal é pouco profunda e as laterais estão estendidas. Cresce rapidamente até aos 50-60 anos e decresce posteriormente A longevidade é de 100 a 120 anos. Não deverão realizar se plantações mono-específicas extensas dado ser uma espécie vulnerável a muitas doenças, nomeadamente o pulgão nas primeiras idades.
Propriedades e utilizações: A madeira é de muito boa qualidade, de borne amarelado e cerne avermelhado, ocasionalmente com manchas verdosas, escurecendo com o tempo até adquirir uma coloração avermelhada. Apresenta uma densidade de 0,6-0,8, por vezes mais. É dura, resiste à abrasão e de ótimas qualidades mecânicas. Serra se facilmente e dá excelentes acabamentos. Pode se curvar, colar, polir, pregar e aparafusar facilmente. Seca se bem e rapidamente (contrai-se e fende-se pouco), embora tenda a torcer-se. Não resiste à intempérie e trocas de humidade nem aos ataques de fungos ou insetos. A cerejeira apresenta excelentes fustes, ao que contribui neste caso o acompanhamento lateral. Pode considerar se como uma madeira muito valiosa. É apreciada em marcenaria de luxo, decoração de interiores, tornearia, instrumentos musicais de cordas, escultura, etc. Emprega se igualmente para a obtenção de chapa, destinada à fabricação de móveis e revestimentos de paredes. É uma espécie com interesse paisagístico, particularmente devido à beleza da sua floração e coloração outonal das suas folhas. Os frutos são muito apetecidos pela fauna silvestre. Tem interesse em apicultura.
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Ficha técnica da espéciePrunus avium
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