Flora e Vegetação do Vale do Corgo

Flora e Vegetação do Vale do Corgo

Publicado a 2012-09-22

A bacia do rio forma parte da rede de afluentes durienses portugueses perpendiculares ao Douro. Os efeitos ambientais desta disposição dos cursos fluviais tributários do Douro são notórios, gerando a intrincada variabilidade climática própria da região duriense em Portugal. Inserido nesta rede natural de vales, o do Corgo é especialmente interessante pois junta dois caracteres geomorfológicos determinantes na geração de variabilidade ambiental: intervalos altitudinais muito alargados, por um lado e largura da bacia, pelo outro. Do lado oeste, a bacia do rio Corgo possui uma das barreiras montanhosas mais elevadas de Portugal, a cadeia Alvão-Marão, com intervalos altitudinais próximos aos 1400 m entre o ponto mais baixo e o mais alto deste vale. Juntamente com esta exuberante parede lateral, a bacia corguense é uma das bacias auxiliares do Douro mais estreitas, pois a largura máxima que esta chega a alcançar é pouco superior aos 20 Km.

Com estas condicionantes naturais, acompanhadas de um igualmente complexo sistema de controlo termopluviométrico resultante da proximidade deste vale ao mar, o vale do rio Corgo é sem qualquer dúvida um dos tesouros naturais que faz do Douro português um universo de vida por descobrir. O Jardim Botânico da UTAD, com a colaboração da Câmara Municipal de Vila Real, pretende com este guia de campo contribuir para dar a conhecer a importância biológica, neste caso florística, contida nesta singular sub-região duriense.

Este é um manual dirigido para o excursionista e amante da natureza. De modo gráfico, o manual mostrará como diferenciar os principais habitats que surgem nesta paisagem, como identificar a sua riqueza florística e como percorrer este pequeno grandioso vale duriense.

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