Cedrus atlantica (Endl.) Carrière

Além do registo atual, outros registos disponíveis:

Espécie
Cedrus atlantica
Descritor
(Endl.) Carrière
Género
Família
Ordem
Sub-classe
Pinidae
Classe
Pinatae
Sub-divisão
Coniferophytina
Divisão
Spermatophyta
Tipo Fisionómico
Megafanerófito
Distribuição Geral
N África (Argélia e Marrocos)
Nome(s) comum
Cedro-do-Atlas
Habitat/Ecologia
Ornamental
Sinonimias
Cedrus libani A. Rich. subsp. atlantica (Endl.) Batt. et Trab.
Pinus atlantica Endl.
Época Floração
Junho - Abril
No JBUTAD
Sim - A4 A18 F10 F12
Colecção temática

Perfil farmacológico

  • PT Antibacteriano gram + e gram - (cones: diterpenos). 208
  • PT Antissético, Fungicida, Estimulante do sistema cardiorrespiratório e Depressor do Sistema Nervoso Central ; Adstringente, Diurético, Expetorante e Sedativo, Tratamentos dermatológicos, infeções pulmonares, catarro, cistite, caspa (óleo essencial). 49
  • PT Antissético, Fungicida, Estimulante do sistema cardiorrespiratório e Depressor do Sistema Nervoso Central ; Adstringente, Diurético, Expetorante e Sedativo, Tratamentos dermatológicos, infeções pulmonares, catarro, cistite, caspa (óleo essencial). 56
  • PT Antissético, Fungicida, Estimulante do sistema cardiorrespiratório e Depressor do Sistema Nervoso Central ; Adstringente, Diurético, Expetorante e Sedativo, Tratamentos dermatológicos, infeções pulmonares, catarro, cistite, caspa (óleo essencial). 84
  • IF Pode perturbar a ação de alguns fármacos.

Galeria de imagens

Fotografia de capa Cedrus atlantica - do Jardim Botânico
Fotografia 1 da espécie Cedrus atlantica do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 2 da espécie Cedrus atlantica do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 3 da espécie Cedrus atlantica do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 4 da espécie Cedrus atlantica do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 5 da espécie Cedrus atlantica do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 6 da espécie Cedrus atlantica do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 7 da espécie Cedrus atlantica do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 8 da espécie Cedrus atlantica do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 9 da espécie Cedrus atlantica do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 10 da espécie Cedrus atlantica do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 11 da espécie Cedrus atlantica do Jardim Botânico UTAD

Distribuição em Portugal

 

Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas

Espécie de interesse florestal

Informação cedida por

Distribuição geral: Originária das Montanhas do Atlas, Argélia e Marrocos, esta espécie foi introduzida no século passado noutros continentes. Atualmente, na Europa, distribui-se por diversos países, em sua larga maioria vetada a uma utilização ornamental. Muito embora, alguns países como a França, assistem a uma expansão significativa da sua área para uso florestal. Relativamente a Portugal, vários autores referem a sua existência nas Serras de Sintra, Buçaco, Estrela, Gerês, Marão e no Parque das Pedras Salgadas.

Caracterização geral: Na sua origem geográfica, encontra-se em média e em alta montanha, entre os 1000 e os 2800 metros de altitude. Vegeta em Portugal acima dos 800 m para exposições Sul e Oeste. Em França foi geralmente introduzida no andar de dominância do Quercus pubescens Willd., regenerando com particular abundância nos solos de formação recente. É adaptada às condições de luminosidade e secura do Verão. É considerada por diversos autores uma espécie heliófila muito embora nem sempre haja consenso de opiniões. É também uma espécie xerófila. Vegeta numa amplitude térmica dos -25 aos 45°C. Resiste bem às secas (se estas não forem muito prolongadas), aos frios invernais e à neve, mas é sensível às geadas tardias primaveris. Possui uma fisiologia adaptada aos climas irregulares (anos secos alternando com anos húmidos). A precipitação média anual pode variar de 800 a 1000 mm. Adapta-se em geral a climas mediterrânicos húmidos, sub-húmidos e semi-áridos. Tem preferência por solos que se desenvolvem sobre rocha fissurada, aonde o forte enraizamento, pivotante e profundo, próprio da espécie, assegura um bom crescimento, mesmo em terrenos superficiais. Em climas que apresentem um regime pluviométrico regular, as qualidades físicas do solo são consideradas menos determinantes. Vegeta bem em diversos tipos de solo, incluindo os calcários, desde que sejam suficientemente soltos. Tolera valores de pH entre 4 e 8. Frutifica abundantemente a partir dos 30 anos, com intervalos de 3-5 anos. A copa é pronunciadamente cónica na idade juvenil, com ramos ascendentes, bastante retos. Na idade adulta, a copa tende a alargar, ficando arredondada no topo e apresentando grandes ramos ascendentes e horizontais, raramente prostrados. O fuste é frequentemente desprovido de ramos em vários metros, bifurca em alguns casos e pode atingir 40-50 m de altura e 1,5 m de diâmetro. O crescimento desta essência pode variar consideravelmente com as condições edafoclimáticas da estação. A longevidade é de vários séculos, podendo atingir 700 e mais anos. Praticam-se revoluções de 80 a 100 anos para um diâmetro médio superior a 50 cm e 300 a 500 árvores/ha. Em regeneração natural, as densidades iniciais tendem a ser elevadas pelo que se deve executar uma limpeza aos 20 anos por forma a garantir espaço vital para as plantas se desenvolverem.

Propriedades e utilizações: A madeira é de tom castanho amarelado ou rosado. É aromática, sem canais resiníferos e seca rapidamente sem se deformar. O comportamento mecânico é considerado de qualidade mediana. No que concerne às propriedades tecnológicas, os nós são os defeitos mais importantes. Pela sua finura e homogeneidade é fácil de trabalhar sendo também muito durável. Esta essência produz lenho de boa qualidade, o qual pode ser utilizado para carpintaria fina, mobiliário, exteriores, folheado e pasta de papel (misturada com madeira de outras resinosas). É uma árvore que apresenta um grande valor estético, ao que contribui um porte notável, muito apreciado. Tem ainda interesse na proteção contra incêndios e recuperação de ecossistemas recentemente queimados. É uma resinosa pouco sensível ao fogo e os seus povoamentos densos originam um coberto sombrio, o qual proporciona uma rápida cobertura do solo, impedindo o crescimento de matos heliófilos, facilmente inflamáveis. Por outro lado, as zonas ardidas são colonizadas com eficiência.

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Ficha técnica da espécie
Cedrus atlantica

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Utilização das Imagens

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