| Resumo |
A grande missão das ciências naturais é traçar uma imagem coerente e compreensível do universo. O objectivo, primordial, deste relatório é apresentar uma carta da vegetação natural e semi-natural para o terço inferior do Douro Internacional, igualmente coerente e compreensível, o que implica a construção de um modelo baseado naquilo que efectivamente podemos observar, isto é, na informação, nos dados recolhidos na natureza.
Caracterizam-se as condicionantes físicas e ecológicas da área de estudo. Trabalho fundamentalmente de pesquisa bibliográfica, consistiu em resumir a informação disponível para essa área, localizada numa zona de transição entre o sector biogeográfico Duriense e Salmantino. Do ponto de vista bioclimático temos o piso termomediterrânico no vale do rio Douro até ao supramediterrânico nas zonas mais elevadas. Na natureza todas as fronteiras são ténues tornando complicada a sua delimitação.
Palavras chave: Douro Internacional, flora, vegetação, cartografia, fitossociologia.
Apresenta-se o catálogo da flora e os inventários fitossociológicos por nós realizados. Nesta fase do trabalho fomos recolher informação ao campo. O catálogo florístico é constituído por 232 espécies reunidas em 52 famílias. Todo o material recolhido foi herborizado no herbário da UTAD (HVR). Os inventários fitossociológicos resumem-se a 10, distribuídos aleatoriamente por toda a área.
Abordam-se os aspectos metodológicos da cartografia da vegetação natural e semi-natural do Douro, realizada com base na fotografia aérea policromada de infravermelho. Nesta fase do trabalho estamos a construir o modelo. A fotografia aérea foi a pedra angular desta metodologia. Apresentamos uma recolha bibliográfica de todos os elementos relacionados com a fotografia aérea e um sistema de classificação aplicável no Douro Internacional. A carta encontra-se digitalizada, ou seja, temos um modelo dinâmico que permite a actualização de qualquer alteração que ocorra na vegetação. Confrontamos a carta com a realidade numa verificação de campo.
Por último, discutem-se os resultados do trabalho e conclui-se que a carta é um modelo fidedigno. Indicamos as áreas com maior interesse de conservação de um ponto de vista da flora e da vegetação. |
