Pinus pinea L.

Espécie
Pinus pinea
Descritor
L.
Género
Família
Ordem
Sub-classe
Pinidae
Classe
Pinatae
Sub-divisão
Coniferophytina
Divisão
Spermatophyta
Tipo Fisionómico
Megafanerófito
Distribuição Geral
S Europa e W Ásia
Nome(s) comum
Pinheiro-manso
Habitat/Ecologia
Ornamental
Matos
Terrenos incultos
Sinonimias
Não tem
Época Floração
Abril - Maio
No JBUTAD
Sim - D9
Colecção temática
Não pertence a nenhuma colecção.

Galeria de imagens

Fotografia de capa Pinus pinea - do Jardim Botânico
Fotografia 1 da espécie Pinus pinea do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 2 da espécie Pinus pinea do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 3 da espécie Pinus pinea do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 4 da espécie Pinus pinea do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 5 da espécie Pinus pinea do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 6 da espécie Pinus pinea do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 7 da espécie Pinus pinea do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 8 da espécie Pinus pinea do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 9 da espécie Pinus pinea do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 10 da espécie Pinus pinea do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 11 da espécie Pinus pinea do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 12 da espécie Pinus pinea do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 13 da espécie Pinus pinea do Jardim Botânico UTAD
Fotografia 14 da espécie Pinus pinea do Jardim Botânico UTAD

Distribuição em Portugal

 

Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas

Espécie de interesse florestal

Informação cedida por

Distribuição geral: Supõe-se que a sua área de distribuição natural engloba toda a região mediterrânica, desde a Península Ibérica até ao Próximo Oriente, excluindo-se o Norte de África. Vegeta ainda até à China e expandiu-se muito por repovoamento artificial, essencialmente em Espanha, Itália e Portugal. De acordo com dados recolhidos pela FAO, a área mundial está dividida em 9% em Portugal, 75% em Espanha, 1% em França, 5% em Itália e 9% na Turquia, estando a restante distribuída por diversos outros países. Em Portugal, encontra-se em todo o país, sob a forma de povoamentos puros, mistos, bosquetes e como ornamental, maioritariamente a Sul do rio Tejo, com destaque para o distrito de Setúbal.

Caracterização geral: A espécie apresenta a particularidade de não hibridar com nenhuma outra. É uma espécie de comportamento xerófilo, termófilo e bastante heliófilo. Poderá vegetar até altitudes de 1000 m. Suporta temperaturas desde os 20°C até aos 41°C, muito embora possam surgir danos pelo frio aos 12°C. Requer temperaturas médias do mês mais frio superiores a 0ºC e temperaturas médias do mês mais quente até 20 24°C. É uma essência adaptada a climas mediterrânicos e portanto com seca estival. Poderá tolerar em algumas estações, os 250 300 mm de precipitação anual, apesar de o normal é usufruir de 400 800 mm. O ótimo ecológico parece situar se entre os 500 e 800 mm de precipitação anual. Poderá tolerar desde 2 até 6 meses de secura, conforme a edafoclimatologia da estação. É uma espécie que se impõe ao Pinus pinaster nos lugares secos e sufocantes, onde este último é suscetível aos intensos ataques de insetos. Suporta os ventos marítimos costeiros (muito embora bastante menos que o Pinus pinaster e o Pinus halepensis) e resiste pouco à neve, a qual é de escassa ocorrência na sua área de distribuição natural. Resiste a ventos bastante fortes sem desenraizar nem partir. É uma espécie vulnerável à contaminação atmosférica. De um modo geral, é mesmo considerado indiferente às características químicas do solo. Apresenta evidentes exigências quanto ao arejamento do solo, sendo contrariamente muito pouco exigente em nutrientes. Adapta-se melhor a solos bem arejados, profundos e frescos, que apresentem textura franco arenosa de reação ácida e com o lençol freático pouco profundo (1-2 m). Pode surgir em solos não excessivamente compactos, não muito húmidos nem excessivamente delgados. Registou se a presença desta espécie em solos com pH desde 4 a 9, o que revela a sua tolerância química. Resiste à presença do calcário, chegando a suportar até cerca de 15% de calcário ativo e cerca de 50% de calcário total. É relativamente mais resistente a pragas e doenças, comparativamente a outras essências mediterrânicas. Regenera por semente. Inicia a produção de pinhas aos 8-10 anos. Frutifica com abundância decorridos 15 a 20 anos. Alcança as máximas produções aos 40-50 anos. É uma árvore que pode atingir os 25 m de altura. A copa é ampla e profunda, encimando um tronco curto, dividido em vários ramos grossos ascendentes quase desde a base. A área explorada pelas raízes é cerca de 8 a 52 vezes maior que a área de projeção horizontal de copa, o que leva a concluir que estes sistemas radiculares suportam bem solos delgados. O crescimento é lento e a longevidade é de 150 a 200 anos. No entanto, foram localizados a título excecional, exemplares de 400-500 anos. A quantidade pinhas produzidas aumenta até aos 100 anos, começando a partir daí a decrescer progressivamente. A produção anual mediana está estimada em 250 pinhas por árvore, havendo casos de produções unitárias de 1000 a 2000 pinhas por árvore. A produção de resina está estimada em média para 2-3 Kg/incisão. Ainda que muito apreciada pela indústria de perfumaria, este produto é considerado marginal. É geralmente encontrada em consociação com o Pinus pinaster Ait., o Pinus halepensis Miller, o Quercus ilex L. e muito raramente, o Quercus suber L.

Propriedades e utilizações: A madeira do pinheiro manso apresenta um cerne distinto e abundante de tom castanho-avermelhado ou vermelho intenso, borne branco rosado ou dourado. A densidade é de 550 kg/m3, obtida a 12% de humidade. É de fácil serragem, dificultada no entanto pela eventual presença de grandes nodosidades. Tem utilizações na construção de estruturas e de carpintaria, mobiliário, construção naval, revestimento de pisos, aglomerados de fibras e de partículas, travessas, paletas e carroçaria. Muito embora não seja atualmente uma madeira tão utilizada na construção naval, continua a ser preferida nos pequenos estaleiros artesanais, quando são necessárias peças curvas para as quilhas dos navios e outras peças que tenham de estar em contacto com a água. É uma essência florestal da qual se extrai resina. Tendo em consideração, muito embora, o reduzido rendimento de pinhal em madeira e resina, assiste se na atualidade a uma valorização económica da pinha. Além do interesse económico que esta espécie patrocina, desempenha igualmente um papel fundamental de conservação e proteção no ecossistema mediterrânico da região a Sul do Tejo. Esta essência constitui se como uma alternativa à colonização de solos florestais de pendente, quando a escassa fertilidade ou o escasso volume útil não permitem o adequado crescimento da azinheira e do sobreiro.

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Ficha técnica da espécie
Pinus pinea

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